[DTP COM LINUX] - Conclusão/ O Ruim

O que falta para a plataforma Linux emplacar na área de produção gráfica? A resposta é simples: Falta a Adobe.
Sem a Adobe o futuro da plataforma Linux para produção gráfica é sombrio. A Adobe é dona do PostScript que é o padrão usada no mundo do DTP e isso dá a empresa o monopólio completo do nosso setor.
Para os que não conhecem o PostScript é uma linguagem de descrição de página. Tem uma longa história que vem desde as fotocompositoras. Foi desenvolvida inicialmente pelo Xerox e fez parte do primeiro programa de editoração eletrônica tal qual conhecemos, o Xerox Ventura Publish. Após ser desprezado pela empresa foi comprada por dois empregados que fundaram a Adobe. O PostScript é o miolo do fluxo de trabalho atual. O PDF nada mais é que uma versão adaptada do PostScript. Adobe e a sua linguagem estão ligados organicamente a própria história do DTP. A primeira impressora laser e a primeira imagesseter usavam o PostScript, os mais recentes e avançados sistemas “Direct to Plate” também.
A Adobe faz o que quer e bem entende com o setor. Embora sua linguagem seja bem conhecida e documentada, ela foi desenvolvida usando uma lógica protecionista perversa onde só a Adobe consegue fazer um interpretador eficiente.
O Linux ainda não caiu nas graças da empresa por ser uma plataforma livre. O máximo que ela fez foi uma versão do Acrobat Reader por pura pressão dos parceiros.
Para substituir o PostScript da Adobe os desenvolvedores Linux usam um clone GNU chamado GhostScript criado pelo alemão L. Peter Deutsch. O problema são as limitações desse clone.
Todos os softs para produção gráfica em Linux usam o Ghost. Em alguns, mais simples, o resultado é bom como no leitores de PDF. Já na interpretação e conversão de formatos é ruim, pois muitos recursos originais do PostScript não foram implementados ou não são eficientes no Ghost, o que praticamente inviabiliza o intercâmbio de arquivos entre as plataformas Mac/Windows –> Linux.
Para solucionar esse problema seria necessário a Adobe desenvolver uma versão do PostScript (API) especificamente para Linux que substituísse o Ghost. Assim seria possível uma integração perfeita, a conversão de arquivos, a importação sem problemas de arquivos EPS e a criação de arquivos de saída PDF/X consistentes e confiáveis.
Por enquanto, sem a Adobe, o Linux é um sistema temerário para os produtores gráficos profissionais e deve ser evitado.

2 comentários:

Marco disse...

PostScript:
GNU/Linux não tem uma API de impressão. Tudo que não é texto é PostScript.
Quais foram suas dificuldades?
O Scribus gera PDF/X1a diretamente e tem CMS via lCMS. Testou o pacote scribus-ng (mais atual)?

Monitor:
Testou a calibração de monitor do pacote liblcms-utils?
xicc SyncMaster3Ne.icc

Impressão:
Chegou a testar a calibração de impressão do CUPS?
cups-calibrate

Anônimo disse...

Acredito que seu intuito foi bom, mas eu acho que você deve pesquisar mais e entender o qué, primeiramente, GNU Linux antes de criticar apenas e tão somente pelo fato de não ter nada haver, e não precisar, da "adobe".
O Ghostscript é muito mais completo do que a maioria dos RIPs do mercado
Existem zilhoes de bibliotecas que manipulam ps e pdf, podofo, xpdf, pstools, pdflatex, além da biblioteca propria do proprio scribus.

Se voce busca adobe no linux, então é melhor ficar no win/mac ^_^, deixa que a gente se vira :P

Sem ofensas...