[LINUX] OSX ou Ubuntu?

Numa disputa entre o Mac OSX e o Ubuntu em quem você apostaria? Pois uma equipe de pesquisadores fez justamente isso, criou uma série de testes para avaliar o desempenho do OSX em comparação com o Ubuntu.
O teste foi realizado num único processador PPC (PowerPC) e mediu diferentes aspectos de um sistema operacional, todos muito importantes nas tarefas do dia-a-dia. Os testes consistiram em avaliar como o sistema operacional tratava a entrada e saída de dados da memória, criação repetitiva de pequenos arquivos, o comportamento do cachê de disco quando tencionado por uma grande quantidade de dados e comportamento da memória quando muito requisitada.
O resultado do teste é surpreendente. O Ubuntu foi superior ao OSX na ampla maioria dos testes. O sistema da Apple teve resultados particularmente ruins, justamente onde os softs gráficos mais necessitam. Na abertura de arquivos e na criação repetitiva de pequenos arquivos (como MP3, por exemplo) o OSX devorou a memória do sistema enquanto o Ubuntu manteve os níveis estáveis e baixos, independente da quantidade de arquivos criados.
O resultado da pesquisa não condena o OSX, mas mostra o que sempre falei, que a Apple tem muito marketing e maquilagem.
Claro que hoje o Ubuntu não tem condições de competir com a Apple na produção gráfica, mas se houvesse a possibilidade de escolher entre Ubuntu e OSX como hoje existe entre OSX e Windows a melhor escolha seria o Ubuntu.

Trascrevo para você agora as conclussões do teste em inglês:

Conclusions

For the majority of tests that we conducted, Ubuntu Linux was faster. We believe that our tests are at least qualitatively valid, and that more close attention to the code itself would probably show that the initial conclusions are accurate. More testing in various different edge cases of all of these hypothetical situations are necessary, as for some of them, we only tested what we thought would likely be the most important or compelling feature. The graphs for file I/O access times were particularly compelling in comparing raw speed of the operating systems. We naturally hesitate to say from our data alone that Linux is a superior operating system, as in order to claim that, many more factors would need to be taken into account, but we believe on a purely numerical basis, Linux holds a clear advantage for users who would use their system extensively at the edge limits of its capabilities.

Software Systems Project

Will Clayton, Sharon Talbot, and Nick Zola”

Pois é!

[HARDWARE] Computador dos sonhos

Já que a Apple lançou o Mac perfeito eu montei pra vocês um PC dos sonhos para produção gráfica no site da Dell.

Eis as especificações:

Dell Precision 690
• Dois processasdores Quad Core Intel® Xeon® Processor X5355 2.66GHz, 2 X 4MB L2,1333 (oito núcleos)
• Memória de 4GB, DDR2 SDRAM FBD Memory, 533MHz, ECC, In Riser (4 DIMMS)
• Placa de vídeo 512MB PCIe x16 nVidia Quadro FX 4500, Dual DVI or Dual VGA or DVI + VGA
• 3 HDs 160GB SATA, 10K RPM Hard Drive com 16MB DataBurst Cache™, um para boot e dois com RAID 0
• Dois monitores Dell 24 inch UltraSharp™ 2407FP Widescreen, adjustable stand, VGA/DVI
• SoundBlaster® X-Fi™ XtremeMusic(D), w/Dolby® Dig 5.1, Vista

Completamente compatível com Windows Vista (vade retro!), Mac OSX e Ubuntu.

E mais um monte de bobagem. U$ 9,719 Lá nos states! Algo como R$ 30mil depois dos impostos e do ágio.

Ou seja, por enquanto é melhor comprar um Apple. Muito mais barato (R$ 20 mil)

Aproveite e compre um Apple. Tá em preço de promoção.

[HARDWARE] É possível calibrar um monitor LCD?

Eu fui o feliz proprietário de um drive Syquest de 88MB. Era quase do tamanho de um scanner, pesava como um estabilizador e era conectado a uma placa SCSI que vivia se estranhando com meu computador. O cartucho era delicado, pesava quase um quilo e tinha seu próprio estojo. Tirando tudo isso era uma grande tecnologia, permitia que eu trafegasse com meus arquivos entre o estúdio e o birô sem problemas. O drive e dois cartuchos já usados me custaram a bagatela de U$ 950. Comprei recentemente um pen drive de 1 giga por apenas R$ 78 (U$ 35).
Nesse exemplo a nova tecnologia aumentou o volume de dados, diminuiu drasticamente o tamanho e reduziu o preço em quase trinta vezes. É um bom exemplo de uma nova tecnologia substituindo com enormes vantagens outra.
Mas existem exemplos onde acontece o contrário, ou seja, uma nova tecnologia não substitui a anterior e custa mais caro. É o caso dos monitores LCD.
Os monitores LCD são lindos, têm um jeitão tecnológico, emitem pouca radiação, economizam eletricidade e espaço nas mesas, é muita coisa, mas possuem sérios problemas para o uso profissional.
O primeiro diz respeito à geometria. No monitor LCD cada pixel é representado por um conjunto único de células de cristal líquido (veja a imagem acima). Daí o fato dele suportar de forma eficiente apenas uma única resolução, das letras não serem tão suaves como num monitor CRT e das imagens ampliadas ou reduzidas perderem os detalhes.
O segundo problemas, e mais grave, é a dificuldade de variar as cores usando recursos do próprio monitor. Para a maioria dos modelos só é possível variar o brilho e o contraste e não as cores como acontece nos monitores CRT.
Virtualmente é quase impossível calibrar um monitor LCD comprado numa loja qualquer. A única coisa possível é usar o perfil fornecido pelo fabricante. Mas esse perfil não pode ser mudado de acordo com as condições de uso de cada equipamento o que de fato o inutiliza, sem falar que muitos monitores não são para uso profissional e seus perfis para nada servem. A calibração via soft é comprovadamente deficiente.
Existem algumas soluções profissionais como o da Eye-One que prometem resolver esse problema, mas sem nenhuma garantia de resultados confiáveis pois a maioria dos modelos de monitores LCD não permitem o acesso ao soft interno. Também é possível comprar monitores “pré-calibrados” ou com sistemas de calibração incorporados como os da Eizo (www.eizo.com). Custam muito caro.
Em resumo, a tecnologia atual dos monitores LCD é dedicada apenas ao escritório. Será necessário ainda algum desenvolvimento para conseguir superar os velhos e bons CRTs no mundo da produção gráfica. É o caso típico de uma inovação tecnológica que aumenta os preços e não resolve os problemas.
Com um bom monitor CRT, o soft maravilhoso e simples “Adobe Gamma”, uma folha de papel em branco, uma boa imagem que já foi impressa na mão e na tela é possível calibrar a visualização de forma bem aceitável.
Lembre disso quando for comprar seu próximo monitor.

[DTP COM LINUX] - Photoshop no Ubuntu

Nosso fiel leitor Alessandro deixou um comentário sobre um assunto tão interessante que resolvi colocar aqui para todos.
Como eu já comentei estou num projeto de conseguir montar uma plataforma para DTP em Linux. Já venho há um mês fazendo muitos testes e estou muito entusiasmado com os resultados.
Uma das soluções mais interessantes que encontrei foi um aplicativo do Linux chamado "Wine". Ele emula o ambiente do Windows com um desempenho razoável. Consegui instalar alguns programas como o Photoshop 7 e o Illustrator 9 com uma certa facilidade. Photoshop 7 foi particularmente útil já que o nosso candidato a soft de edição de imagens no Linux, o Gimp, não trabalha com CMYK. Mas fica uma questão para ser respondida. Por que trabalhar com o Linux emulando o Windows, quando podemos trabalhar com o próprio Windows? Não faz sentido usar um soft "for Windows" num ambiente Linux. O importante não é trabalhar com Linux (que doravante chamarei somente por Ubuntu) e sim com softs livres. Photoshop não é livre.
Tive um problema semelhante com o soft de edição de página, que faz o mesmo papel do Indesign ou QuakXpress. Meu candidato inicial era o PageStream, muito similar ao Quark 4 e com recursos poderosos. Mas ele é um soft pago, custa U$ 195! Voltamos então a um soft poderoso mas imaturo, o Scribus que é livre.
Tenho recebido muita ajuda da comunidade de soft livre. Já me apresentaram umas vinte formas de contornar o problema do Gimp de não editar arquivos CMYK, todas ruins. A menos ruim até agora é um soft muito interessante chamado Krita. Ele trabalhando junto com o Gimp dá para resolver a maior parte dos problemas.

[HUMOR] Dá pra converter pro Corel?

Dá pra converte pro Corel? Tem que dá.
Eu sou um prostituído. Hoje já faço peças no Illustrator que sejam fáceis de converter para o CorelDraw. A grosso modo é preciso incorporar as imagens, nada de usar sombras ou qualquer outra coisa esquisita do Illustrator, tirar a opção "Global" das cores nominadas, converter as fontes em curvas e procurar objetos abertos (essa é a parte mais difícil). Ou seja, é preciso desestruturar o documento para depois salva-lo no formato do Illustrator 8 que é importando sem problemas pelo Corel.
Eu deveria fazer um guia de como converte um arquivo do illustrator para o Corel, um guia prático dos bugs de ambos. Ia ajudar muita gente. Mas assim seria necessário usar o Corel e isso não dá. Esse programa já me fez tanta raiva que prefiro produzir no Inkscape ou no Xara a usar o CorelDraw.